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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

"Quem não cola não sai da escola". Será???

Estou em semana de provas na Faculdade, fim de semestre é um desespero, muitas disciplinas, muito conteúdo, aí a galera pira geral. Tenho colegas que se intitulam muito espertos, só tiram dez, e ficam se gabando. Ora, bem sei porque eles só tiram notas máximas (COLAAAAA). Vocês acreditam que eles vão na faculdade no turno da tarde (porque estudamos a noite) e conseguem a prova, assim é fácil tirar dez. Mas será que com isso eles adquirem algum conhecimento? DUVIDO. Resolvi, então, escrever sobre o assunto, tecendo algumas considerações.
Há provas de mestres nas quais é impossível fraudar; outros, contudo, não se mostram tão preocupados com essa eventual ocorrência. Bem sei que, em provas de Direito, por exemplo, o grau de entendimento da disciplina estudada e a capacidade de raciocinar e argumentar são muito mais importantes do que, propriamente, a memorização de dados concretos. Por isso, até compreendo que algum professor julgue que o recurso a “ativadores de memória” não seja prejudicial para o aproveitamento geral do aluno. Acredito que algumas provas sejam tão bem elaboradas e exijam tanto pela capacidade crítica e interpretativa dos discentes que em nada se torne prejudicada sua avaliação por uma “cola”. Digo isso em relação a determinados exames, nos quais as respostas dependem da criatividade e compreensão do aluno, permitindo que tenham acesso a códigos, livros e cadernos. Nesses casos, o que se pede ao discípulo ultrapassa o que se expressa na legislação e nos manuais.
Creio muito lamentável, que alguns docentes tolerem o fato da cola fraudulenta, aceitando-a como sistema aceito e praticado. Além disso, pode repercutir muito mal para a reputação das escolas, faculdades e universidades.
É necessário, pois, que os docentes tenham especial cuidado nesse ponto. Eles podem até elaborar provas que, por sua própria natureza, necessitem de consultas a códigos ou apontamentos. Mas sem nada que se pareça condescendência com práticas censuráveis, como a “cola” ilícita.
Sob o aspecto do colador, ele se imagina muito esperto, supondo estar ludibriando o mundo. Na verdade, engana a si mesmo, pois só ele é prejudicado pela fraude. O ditado de que “quem não cola não sai da escola” é muito apropriado aos perdedores.

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