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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Você conhece o Senhor Charles Spencer Chaplin Jr?


Bem, acredito que sim. Quem nunca ouviu falar de Charles Chaplin? 
Um ator primordial que iniciou sua carreira como mímico, fazendo excursões para apresentar sua arte. Em 1913, durante uma de suas viagens pelo mundo, este grande ator conheceu o cineasta Mack Sennett, em Nova York (Estados Unidos), que o contratou para estrelar seus filmes.  

Quem nunca sorriu até chorar ao ver seu personagem mais famoso “o vagabundo Carlitos”? Um andarilho pobretão que possuía todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro, usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, uma  cartola, uma bengala e  um bigodinho muito simpático.   

Carlitos era um personagem oprimido e engraçado que denunciava as injustiças sociais de forma inteligente e bem humorada.

Chaplin era um ser inspirador e audacioso pra sua época. Em 1918, no auge de seu sucesso, ele abriu sua própria empresa cinematográfica, e, a partir daí, fazia seus próprios roteiros e dirigia seus filmes. Crítico ferrenho da sociedade, ele não se cansava de denunciar os grandes problemas sociais, tais como a miséria e o desemprego. Produziu grandes obras como: O Circo, O Grande Ditador, Tempos Modernos e Luzes da Cidade (meus favoritos) entre outros. 

Adepto ao cinema mudo, o também cineasta, era contra o surgimento do cinema sonoro, mas como grande artista que era, logo se adaptou e voltou a produzir verdadeiras obras primas: O Grande Ditador (1940), seu primeiro filme falado, foi um ato de rebeldia contra o ditador alemão Adolf Hitler e o nazismo. Foi lançado nos Estados Unidos um ano antes do país abandonar sua política de neutralidade e entrar na Segunda Guerra Mundial. Neste filme Chaplin interpretou o papel de Adenoid Hynkel, ditador da "Tomânia", claramente baseado em Hitler e, atuando em um papel  duplo, também interpretou um barbeiro judeu perseguido por nazistas, o qual é fisicamente semelhante ao Vagabundo (quem não se emociona ao ver o ultimo discurso no final do filme? Esplêndido!). Tempos Modernos mesmo sendo considerado um filme mudo, foi o primeiro filme em que a voz de Chaplin foi ouvida, quando no final do filme, ele canta num dueto com Paulette Goddard a canção "Smile", composta pelo próprio Chaplin (nossa essa canção é linda e já foi interpretada por artistas célebres como Michael Jackson).   

Ainda me recordo quando assisti “O Circo” (passei mal de tanto rir da cena da corda bamba! E a cena da mula enquanto ele tenta ajudar o mágico? É hilário!! rsrsrs! Mto bom mesmo!!!! Amo Chaplin) e esse filme é de 1928, muito bem produzido pra época.  E Tempos Modernos? Sem comparação!! Chaplin encarna um trabalhador de fábrica que sofre um colapso nervoso por trabalhar de forma quase escrava. Maravilhoso! As cenas da fábrica, da cadeia, da patinação e da cabana são perfeitas! No final ele inventa de cantar (a canção que citei anteriormente). 

Finalizo com Luzes da Cidade, um filme comovente que demonstra  a simplicidade em produzir belezas únicas. Um enredo com situações singelas, mas que traduzem sentimentos humanos universais de uma forma tocante. O mais incrível é que sem precisar de diálogos ele constrói várias cenas que marcam pra sempre a vida de quem assiste ao filme. Com certeza “Luzes da Cidade” é um daqueles filmes que ninguém deveria passar pela vida sem vê-lo. 

Chaplin tinha esse dom de passar valores e sentimentos que muitas vezes passam despercebidos em nosso dia-a-dia. Com caras, bocas e gestos, coisas nas quais ele é insuperável até hoje, propicia um sentimento único a todos que o assistem.

Gosto muito de filmes antigos. O cinema atual é tão rico em cenas modernas, cheias de tecnologia, efeitos especiais. Filmes que rendem rios de dinheiro. Porém, alguns com enredo tão pobre e cenas que agridem os olhos, ouvidos e principalmente, o cérebro.

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